16 de abril de 2009

PELA LIBERTAÇÃO DAS MULHERS!


A modelo gaúcha que venceu o concurso de bumbum mais bonito na França deu uma declaração surpreendente. Disse, primeiro, que faz bastante ginástica e não come frituras nem doces. Até aí, nada de mais. É a receita de dez entre dez modelos. O surpreendente foi o que ela revelou em seguida: que, quando quer muito comer doces, cheira chocolate pra matar a vontade. Cheira chocolate??!! Eu achei que tinha lido errado, mas não – é isso mesmo. Melanie Fronckowiak pega trufas, tabletes e bombons maravilhosos (imagino) e... cheira, apenas. Só pra citar, minha irmã faz isso também!

Gente, gente! Foi pra isso que nós, mulheres, nos “libertamos”? É isso que vem depois de uma revolução feminista? De um lado, as bocas-de-pato, mulheres que se deformam na tentativa de se parecer com um ideal de beleza que tem como um de seus símbolos Angelina Jolie. Do outro, mulheres que não comem, pra poder usar manequim 38 a vida inteira ou ganhar concursos por aí.

Comer um chocolate é das coisas mais prazerosas da vida. Saborear uma trufa bem macia ou morder um tablete bem grande de Toblerone são experiências que acrescentam muito à vida... Agora imagine você pegar uma barra de chocolate, cheirar por uns 20 segundos, guardar e se sentar pra comer uma salada de alface, acompanhada por um copo de água mineral sem gás...

Ai, que saudade daqueles tempos em que nós, mulheres, fazíamos tachos de doces e depois comíamos sem o menor limite. Ir pro fogão e ficar uma hora mexendo o leite no tacho é só pra quem tem vocação, concordo. Melhor pular essa parte. Mas poder comer o que nos dá prazer é o mínimo. Imagine uma mulher da década de 50, uma daquelas cheinhas e felizes, que “entravam” nos doces e nos chocolates sem qualquer culpa, ficar sabendo então que dali a alguns anos existiriam mulheres que, pra manter a forma, comeriam só saladas e sopas e teriam chocolate em casa só pra cheirar na hora das crises de abstinência. Ela provavelmente não acreditaria.

Pois é. É o que eu sempre digo. Antigamente, a gente não podia ter apetite sexual. Hoje, não podemos ter apetite – ponto final. Saímos de Bangu 1 e fomos pra Bangu 2. E depois dizemos que somos livres!...

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